Vídeo registra pouso de Airbus em Toledo, coroando esforços e investimentos

por Paulo Torres publicado 24/11/2017 14h20, última modificação 05/12/2017 11h42
O pouso em Toledo do avião Santos Dumont, da Presidência da República, marcou no dia 20 de outubro a aterrissagem da primeira aeronave a jato de grande porte no Aeroporto Luiz Dalcanale Filho e um novo momento da pista toledana. Configurado para até 55 passageiros na versão presidencial, mas com capacidade para 100 a 150 poltronas em sua configuração para passageiros, o A319 é uma versão encurtada do Airbus A320 e pode pesar até 75,5 toneladas carregado. O pouso histórico e a perspectiva de retomada dos voos comerciais em Toledo motivou a produção de um vídeo pelo Departamento de Comunicação Social da Câmara resgatando um pouco da trajetória envolvendo as linhas aéreas e o Aeroporto de Toledo.
Vídeo registra pouso de Airbus em Toledo, coroando esforços e investimentos

O Airbus Santos Dumont taxia após o pouso no Aeroporto de Toledo em 20 de outubro

 

 

O pouso em Toledo do avião Santos Dumont, da Presidência da República, marcou no dia 20 de outubro o pouso da primeira aeronave a jato de grande porte no Aeroporto Luiz Dalcanale Filho e um novo momento da pista toledana. Configurado para até 55 passageiros na versão presidencial, mas com capacidade para 100 a 150 poltronas em sua configuração para passageiros, o A319 é uma versão encurtada do Airbus A320 e pode pesar até 75,5 toneladas carregado. O pouso histórico e a perspectiva de retomada dos voos comerciais em Toledo motivou a produção de um vídeo pelo Departamento de Comunicação Social da Câmara Municipal  resgatando um pouco da trajetória envolvendo as linhas aéreas e o Aeroporto de Toledo.

O Santos Dumont, inicialmente denominado pela imprensa “Aerolula”, foi o maior dos jatos da comitiva presidencial a pousar em Toledo e sua vinda ao Luiz Dalcanale no final de outubro incluiu equipe predecessora para verificar as condições da pista e demais condições para o pouso e decolagem em Toledo. Com 1.670 metros de extensão por 30 metros de largura e PCN (capacidade de peso) 33 a pista do Aeroporto Luiz Dalcanale Filho foi aprovada e recebeu todos os jatos da comitiva, que incluiu , além do Airbus, aviões menores, helicópteros e também um EMB 190 que vieram para inaugurar unidade da C.Vale em Palotina. O pouso presidencial veio contrapor-se à exclusão do Luiz Dalcanale do Programa Aeroportos Regionais em 2016 e coroou todo um esforço da Câmara Municipal, ao lado do Poder Executivo, Acit e empresas, visando a adequação e retomada da pista toledana. O grande objetivo é o retorno das linhas aéreas, que por quase uma década ligaram Toledo a São Paulo e Curitiba diariamente nos anos 90 com aviões Brasília até o fim da Rio Sul e que agora podem voltar a partir da manifestação positiva da Azul Linhas Aéreas para voos em Toledo em 2018.

 

Luta de vários anos

O esforço de Toledo pela volta das linhas aéreas porém não é de hoje e tem sido feito na Câmara através do debate, gestões políticas, medidas administrativas e recursos, além de uma série de decisões adotadas nos últimos anos no Poder Legislativo. Já em 29 de março de 2012 a Câmara realizava audiência pública para debater com a comunidade o Projeto de Lei nº 26/2012, que definia o ZUSEA-Zoneamento de Uso do Solo no Entorno do Aeroporto, uma lei visando proteger o aeroporto e a atividade aeronáutica na expansão urbana. Na audiência o consultor Ruy Guilherme Salonski da Silva, da Aerosigma Serviços Aeronáuticos, apontava que com PCN 15 o Luiz Dalcanale podia receber aviões de até 46 passageiros e com adequações poderia receber até um Boeing 737.

No ano seguinte, 2013, a questão mobilizou os vereadores, os quais assinaram todos a Indicação nº 105/2013 ao Poder Executivo, propondo “a elaboração e encaminhamento de projeto de ampliação do Aeroporto Municipal Luiz Dalcanalle Filho, para obtenção de recursos do Programa de Investimentos em Logística: Aeroportos”. O programa previa um plano de investimentos em aviação regional no total de R$ 7,3 bilhões, contemplando 270 aeroportos em todo o Brasil e incluiu o de Toledo entre os 15 priorizados no Paraná. A reforma e ampliação previa nova pista e novo terminal, que deveria ter entrada por viaduto sobre a BR 163, mas no ano passado o programa sofreu um grande corte que atingiu o aeroporto toledano.

Toledo porém não ficara esperando o projeto federal e em 2015 lançara parceria do Município e Acit-Associação Comercial e Empresarial de Toledo para investir R$ 1 milhão no Aeroporto Luiz Dalcanale visando dotá-lo de adequações de conforto, como terminal ampliado, com esteira de bagagem e sanitários adaptados, e de segurança, como portais detectores de metais e Estação de Bombeiros. Os investimentos, com apoio da Câmara Municipal, superaram o previsto, incluíram ampliação do PCN para 33 e já em 2017 a Câmara Municipal complementou as iniciativas apreciando e aprovando incentivos à atuação de empresas aéreas em Toledo. Os vereadores apreciaram e aprovaram por unanimidade o Projeto de Lei nº 110, que autoriza a concessão de incentivo visando a implantação de linhas aéreas comerciais regulares. A proposta, de autoria do Poder Executivo, é um novo passo após os investimentos realizados pela Prefeitura de Toledo, Acit e empresas locais no Aeroporto Municipal Luiz Dalcanale Filho, através da ampliação do terminal, instalação de esteira de bagagens, detector de metais, estação de bombeiros e outras adequações. As obras atualizaram o Aeroporto de Toledo em relação às novas normas do transporte aéreo brasileiro e internacional, tornando-o uma porta de entrada para a região e ferramenta moderna para o agronegócio, a indústria, ensino superior, saúde, turismo, comércio e serviços do Oeste do Paraná. Sua nova capacidade foi reconhecida em 20 de outubro, quando o Airbus da Presidência da República e demais aeronaves da comitiva usaram a pista toledana com segurança e tranquilidade para inaugurar mais um grande investimento do agronegócio regional, em Palotina. A manifestação de interesse da Azul Linha Aéreas por Toledo vem complementar este esforço e mostrar o acerto dos esforços desenvolvidos, abrindo uma nova porta para o desenvolvimento de Toledo e do Oeste do Paraná.

 

Alguns dos esforços pela volta das linhas aéreas em Toledo

29 de março de 2012, a Câmara debate em audiência pública o Projeto de Lei nº 26/2012, que definia o ZUSEA-Zoneamento de Uso do Solo no Entorno do Aeroporto

 

04 de março de 2013, apresentada na Câmara de Toledo a Indicação nº 105, subscrita por todos os vereadores, que propõe “elaboração de projeto de ampliação do Aeroporto Municipal Luiz Dalcanalle Filho”

 

08 de junho de 2015, lançada a parceria Acit-Prefeitura com apoio da Câmara para reforma e ampliação do Aeroporto de Toledo

 

28 de agosto de 2017, a Câmara começa a apreciação do projeto que prevê incentivos à instalação de empresas aéreas em Toledo

 

 

 A 319 que pousou em Toledo é o ´Aerolula´, com configuração presidencial

O A320 e o A319, são as versões mais populares da família de aviões A320. O A319 com o compartimento das refeições encurtado para empresas que não servem comida em seus voos, tem 156 assentos em classe única. O Airbus A319 tem os mesmos motores do A320 e tem como jatos similares o Boeing 737-700 e o Embraer 195. O Airbus A319 pesa 40.800Kg vazio e tem peso máximo de decolagem de 75,5 mil Kg. O Santos Dumont, que tornou-se conhecido como "Aerolula", é um A319CJ, ou Corporate Jetliner. Ele foi adquirido em 2004 e entregue em 2005, quando recebeu do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva a denominação Santos Dumont. A aeronave substituiu o Boeing 707 chamado “Sucatão”, que deixou de ser usado após um grave incidente numa viagem do então vice-presidente Marco Maciel à China e tem alcance de 12 mil quilômetros. Ele foi concebido como aeronave militar pronta para receber o presidente em casos de instabilidade ou até mesmo ameaça de conflito armado, possui 80 m² de cabine e abriga uma suíte com chuveiro, escritório, sala de reuniões e espaços para passageiros e escritório de segurança, comportando 55 passageiros e incluindo uma Unidade de Cuidados Intensivos, galleys (cozinhas aéreas) e comunicação por satélite, além de uma série de capacidades militares de defesa.Aerolula.jpg

 

 Veja o pouso do Santos Dumont em Toledo e o vídeo a respeito