Saúde recebeu 24,07% das receitas, que subiram 18%

por Paulo Torres publicado 07/06/2017 10h20, última modificação 09/06/2017 09h49
A saúde recebeu 24,07% das receitas para o setor, que cresceram 18,01% no comparativo de 2016 com 2017. Os dados foram informados à Câmara Municipal pelo secretário da Saúde, Thiago Daross Stephanello, durante audiência pública para exposição aos vereadores pela Secretaria da Saúde da oferta e serviços de saúde nos meses de janeiro a abril. A audiência no dia 31 foi conduzida pela Comissão da Saúde, Seguridade Social e Cidadania. Participaram pela Comissão Olinda Fiorentin, Pedro Varela, Edmundo Fernandes e Marly Zanette, além dos vereadores Airton Savello, Corazza Neto, Antônio Zóio, Leandro Moura, Marli do Esporte e Walmor Lodi, Conselho de Saúde, diretores e profissionais do setor e representantes da comunidade.
Saúde recebeu 24,07% das receitas, que subiram 18%

Comissão de Saúde, Seguridade Social e Cidadania e outros vereadores acompanharam relatório

 A saúde de Toledo recebeu no primeiro quadrimestre 24,07% das receitas consideradas para atender o setor, as quais tiveram ainda um crescimento de 18,01% no comparativo de 2016 com 2017. Os dados foram informados à Câmara Municipal pelo secretário da Saúde, Thiago Daross Stephanello, durante audiência pública para exposição aos vereadores pelo Poder Executivo, através da Secretaria da Saúde, da prestação de contas a respeito da oferta e serviços de saúde nos meses de janeiro a abril. A audiência no dia 31 de maio, às 18:30h, foi conduzida pela Comissão da Saúde, Seguridade Social e Cidadania.

Na audiência participaram pela Comissão de Saúde Olinda Fiorentin, Pedro Varela, Edmundo Fernandes e Marly Zanette. A audiência também contou também com a presença dos vereadores Airton Savello, Corazza Neto, Antônio Zóio, Leandro Moura, Marli do Esporte e Walmor Lodi, além do diretor-geral da Câmara, Alcídio Pastório, dos membros do Conselho de Saúde Celso José Hubner e Begair Ruthes, diretores da pasta e representantes da comunidade.

O secretário Thiago disse que o relatório apresentado à Câmara segue o que determina a Lei Complementar 141/2012, com os montantes financeiros, as auditorias dentro do período e a produção dos serviços e deve servir para apoiar o trabalho da pasta, mostrando o que está sendo bem feito, bem como o que está errado ou precisa ser revisto. Segundo ele, o relatório dá uma visão muito grande de tudo que é feito, permitindo verificar erros, o que não está dando certo, podendo-se ainda comparar com o anterior e depois com quadrimestres anteriores.

Thiago Stephanello lembrou que o percentual de gastos com o setor previsto em lei para o Município é de 15%, apontando ainda que no primeiro quadrimestre de 2016 os gastos foram de R$ 23,7 milhões ou 24,88% e este percentual foi de 24,07% no mesmo período neste ano e de 27% na média de 2016. Thiago destacou aos vereadores que dos R$ 10 milhões destinados pelo Estado para equipamentos do Hospital Regional, no primeiro quadrimestre foram liberados R$ 5,941 milhões, devendo ser liberados no segundo quadrimestre R$ 4,6 milhões para fechar, estando marcado o processo licitatório para as compras no dia 26 de junho.

O secretário expôs ainda na Câmara dados dos atendimentos na UPA e Mini Hospital, relatando que no Mini em 2016 houve 55 óbitos nos quatro primeiros meses, caindo para 41 óbitos neste ano no mesmo período, numa redução de 25%. Relatou ainda que no Mini houve média de 118 consultas no mês de abril, após sua reabertura no sistema 24 horas, quando não houve nenhum óbito. Foram 2.361 pacientes atendidos no Mini em abril, com 16 encaminhamentos a hospitais. Ele relatou ainda a origem dos pacientes do Mini, que eram 17,49% da Vila Pioneiro, Jardim Europa 9,61%, Santa Clara IV 5,63%, do São Francisco 5,04%, 4,96% do Maracanã e da Boa Esperança 4,7%, assim como o Centro teve 4,7%, Vila Paulista 4,02% e Jardim Panorama e Vila Operária 3,81% cada um, mais 2,29% do Panorama II e 2,08% do Jardim Porto Alegre.

Thiago disse que este é um dado técnico muito interessante e vai ser trabalhado, apontando que no São Francisco a unidade de Saúde da Família tem excelente resolutividade, surgindo a questão de porque 5% de seus pacientes procuraram a UPA e 5% o Mini Hospital. “Precisamos ver de que forma podemos segurar estes pacientes nas unidades de saúde e assim serve para as demais”, comentou o secretário.

A presidente da Comissão de Saúde, Seguridade Social e Cidadania, Olinda Fiorentin, indagou a respeito dos R$ 500 mil destinados ao atendimento de especialidades para reduzir a fila de espera por consultas de especialidades. O atendimento está sendo feito através do programa Corujão da Saúde, que de 5 a 10 de junho tem sua segunda etapa.

Na audiência também foi informado aos vereadores que na Central de Especialidades foram 11.223 consultas em 2016 e neste ano 14.570, com 29,82% de aumento na Central. Quanto às especialidades o secretário relatou ainda que em ortopedia eram 5.197 pessoas na fila e agora são 4.160, enquanto para neurologia caiu de 1.427 para 941 e na otorrino de 202 para 84, enquanto em especialidades como proctologia a fila foi zerada, bem como foram zeradas algumas filas de exames especializados, estando sendo agendados na tomografia pacientes eletivos de março de 2017. O secretário relatou ainda que a fila de espera de especialidades era de 31.282 em janeiro de 2016 e caiu para 30.108 em janeiro deste ano, numa redução de 3,75%, apontando que em quatro meses de 2017 tivemos 4,86% de redução na fila de espera de especialidades.

 

Sobrecarga nas AIHs

Também foi relatado na audiência a sobrecarga de pacientes enviados ao Hospital Bom Jesus pela microrregião e que usam número de AIHs superior ao previsto, de acordo com sua população. O secretárioThiago disse que já oficiou ao Bom Jesus a respeito e que o problema abrange municípios como Guaíra, Terra Roxa e Santa Helena, que estão internando muito além do que deveriam internar. Ele estimou que municípios com direito a 20 AIHs - Autorização de Internamento Hospitalar, o documento que serve para o SUS pagar o hospital – estão internando 40, quando na verdade poderiam receber tal prioridade gestantes de alto risco ou os pacientes chamados “vaga zero”, como acidentados de risco trazidos pelo Samu. A situação foi oficiada ao Estado, segundo o secretário relatou aos vereadores.