Ministro Fachin recebe cidadania honorária em sessão solene

por Paulo Torres publicado 29/04/2017 13h45, última modificação 04/05/2017 10h22
O ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin recebeu sexta-feira, dia 28, no Teatro Municipal, o Título de Cidadania Honorária de Toledo, em sessão solene da Câmara Municipal. Fachin expressou sua “gratidão pelo berço que aqui tive, berço que foi estrada e ponte”, afirmando ainda que seu caminho não fez sozinho, fez com sua família e esta travessia o fez. Citando Mercedes Sosa Fachin agradeceu “à vida que me há dado tanto, me deu o som do destino e também seu abecedário” e disse aos jovens que a fé e o compromisso são os pilares da resiliência e que eles são “a candeia acesa, que ilumina o caminho".
Ministro Fachin recebe cidadania honorária em sessão solene

Ministro Edson Fachin agradece a homenagem e relembra sua vida em Toledo

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin recebeu na noite de sexta-feira, dia 28, no Teatro Municipal, o Título de Cidadania Honorária de Toledo, em sessão solene da Câmara Municipal. Ao lado da esposa, a desembargadora Rosana, além de familiares e amigos, Edson Fachin recebeu a homenagem das mãos do presidente da Câmara, Renato Reimann, e também do prefeito Lucio de Marchi e seu vice Tita Furlan, além do ex-prefeito Beto Lunitti – que propôs a homenagem - e seu vice, Adelar Pelanka Holsbach.

Em seu agradecimento Fachin disse que o título “atesta a natividade que sempre me acompanhou”, destacando Toledo como “o rincão que minha família elegeu para nascer no trabalho e no amor” após deixar Rondinha, no Rio Grande. Lembrando sua origem de filho de colonos italianos Fachin disse que “aqui encontrei o destino” com seus pais, avós, tios, primos, amigos da infância e adolescência, professores e educadores, além de ter encontrado também “a parte substancial com Rosana”, sua esposa. Após interromper o discurso o ministro o retomou dizendo que ia falar do aniversário de casamento e esperar que a interrupção tenha ocorrido “não pelos 40 anos, mas certamente pela emoção que ainda nos une”.

Lembrando seu ingresso no STF há quase 2 anos Fachin disse que sua missão é servir ao País em conformidade com a Constituição e as leis da República e fez um reconhecimento a este povo que orgulha o País e ao Paraná que dá exemplo de força, da união de entidades e lideranças de forma suprapartidária. Fachin também expressou sua “gratidão pelo berço que aqui tive, berço que foi estrada e ponte”, afirmando ainda que seu caminho não fez sozinho, fez com sua família e esta travessia o fez. Citando Mercedes Sosa Fachin agradeceu “à vida que me há dado tanto, me deu o som do destino e também seu abecedário” e disse aos jovens que a fé e o compromisso são os pilares da resiliência e que eles são “a candeia acesa, que ilumina o caminho”,

Citando Eça de Queiroz o ministro Fachin disse que a cordialidade nos prepara contra o autoritarismo e lembrou o papa Francisco para defender que não nos resignemos mas sim devemos perguntar pelos fins e objetivos de tudo. Fachin disse estar muito feliz e honrado com a cidadania honorária toledana e lembrou o escritor moçambicano Mia Couto para afirmar que “nesta noite tenho um novo nascimento”, comentando que “tenho em mim que porção substancial de mim daqui nunca saiu”, afirmando ainda que aprendeu no caminho e destacando suas amizades, onde lembrou Vinícius de Morais para dizer “a gente não faz amigos, a gente os reconhece”.

A homenagem a Edson Fachin foi aprovada ano passado e seria entregue em 15 de dezembro mas foi adiada devido aos seus compromissos em Brasília. Nesta sexta o ministro compareceu à solenidade em Toledo já como relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, após ser escolhido para substituir o ministro Teori Zavaski, falecido em janeiro.


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