Hora-aula aos pedagogos escolares é defendida na Tribuna Livre

por Paulo Torres publicado 25/02/2019 15h45, última modificação 26/02/2019 11h44
A Tribuna Livre da Câmara de Toledo foi usada na sessão desta segunda-feira, dia 25 de fevereiro, para defender a volta da hora-aula aos pedagogos da rede estadual. O espaço foi solicitado pelo Núcleo Sindical de Toledo da APP Sindicato e usado pela pedagoga Cláudia Silva, que disse que a adoção da hora-relógio este ano deixa horário descoberto no funcionamento das escolas. Ela solicitou aos vereadores apoio no sentido da revisão da medida.
Hora-aula aos pedagogos escolares é defendida na Tribuna Livre

Pedagoga defendeu o trabalho pedagógico e disse que a hora-relógio deixa tempo a descoberto no atendimento escolar

 

A Tribuna Livre da Câmara de Toledo foi usada na sessão desta segunda-feira, dia 25 de fevereiro, para defender a volta da hora-aula aos pedagogos da rede estadual. O espaço foi solicitado pelo Núcleo Sindical de Toledo da APP Sindicato e usado pela pedagoga Cláudia Elisângela Barbosa da Silva, da Escola Estadual Esperança Favaretto Covatti. Ela disse que a medida adotada pelo governo estadual de adoção da hora-relógio este ano deixa horário descoberto no funcionamento das escolas, solicitando aos vereadores apoio no sentido da revisão da medida.

A pedagoga disse que Toledo conta com cerca de 80 pedagogos em sua rede estadual e a medida afetou o seu trabalho. A pedagoga disse que a partir da medida um pedagogo do turno vespertino, por exemplo, que vai das 13:15h às 17:35h, deixará 20 minutos descobertos no início ou no final do turno, pois agora só atua por quatro horas. Em sua atuação porém o pedagogo trabalha fora e dentro da sala de aula, atendendo desde casos de indisciplina, alunos com altas habilidades e estudantes com problemas de saúde até a violência na escola, como casos de drogas, abusos morais, abusos físicos e até abusos sexuais. A pedagoga destacou ainda o atendimento de questões emocionais com os alunos, professores, funcionários e famílias, os quais podem ocorrer ou ser levados a ele desde a abertura até o fechamento da escola.

Segundo a pedagoga, o trabalho pedagógico tem sido desvalorizado pelos governantes, pela mídia - “que tem atribuído aos professores todo o mal da sociedade” -, além de pelas próprias famílias, por influência da mídia. A professora disse na Tribuna Livre que os pedagogos são professores e não técnicos e questionou a justificativa da medida de que visaria que o pedagogo ficasse mais tempo com o aluno. Para ela na verdade com a adoção da hora-relógio sobra um horário descoberto. A pedagoga lembrou ainda que o atendimento pedagógico nas escolas foi previsto na Lei 11.301, de 2006, mas só foi adotado no Paraná em 2011. A partir da determinação de 2019, porém, ela acredita que o acompanhamento pedagógico escolar fica prejudicado.