CPI ouve mais 2 auditores da obra do HR de Toledo

por Paulo Torres publicado 29/08/2018 16h10, última modificação 29/08/2018 16h10
A CPI da Câmara que apura denúncias em torno da obra do Hospital Regional ouviu nesta quarta-feira, dia 29, os dois integrantes restantes da auditoria da obra, engenheiro Vagner Fernandes Quinquiolo e analista Leandro Marcelo Ludvig. A CPI também aprovou requerimentos dos vereadores Gabriel Baierle e Janice Salvador solicitando documentos e ainda definiu as oitivas de mais dois guardas municipais que acompanharam a ocorrência com retirada de cabos da obra em 2016. Ela foi relatada pelo guarda municipal Evaldo Mensch no livro de ocorrências da obra e confirmada pelo guarda à CPI.
CPI ouve mais 2 auditores da obra do HR de Toledo

Reunião da CPI ouviu mais dois auditores nesta quarta-feira

 

IMG_3733a.JPGA CPI da Câmara de Toledo que apura denúncias em torno da obra do Hospital Regional ouviu nesta quarta-feira, dia 29 de agosto, os dois integrantes restantes da auditoria da obra, engenheiro Vagner Fernandes Quinquiolo e analista Leandro Marcelo Ludvig, em depoimentos às 10h e às 11h, respectivamente. A CPI também aprovou requerimentos dos vereadores Gabriel Baierle e Janice Salvador solicitando documentos e ainda definiu as oitivas de mais dois guardas municipais que acompanharam a ocorrência com retirada de cabos da obra em 2016. Ela foi relatada pelo guarda municipal Evaldo Mensch no livro de ocorrências da obra do HR e confirmada em depoimento do guarda à CPI no dia 22 de agosto.

Os guardas Da Silva e Peliciolli atenderam com uma viatura no HR quando o plantonista Evaldo Mensch solicitou apoio para verificar um veículo com 2 funcionários da Endeal Engenharia que teria saído da obra com cabos retirados perto do elevador de serviço. Claudemir da Silva Oliveira e Alexandre Biggi Delfim Peliciolli serão ouvidos no dia 5 de setembro, às 10h e às 11h, respectivamente, conforme definiram os vereadores da CPI nesta quarta, dia 29 de agosto. A reunião da CPI contou com as presenças dos vereadores presidente Walmor Lodi, vice-presidente Gabriel Baierle, relatora Janice Salvador e membros Ademar Dorfschmidt e Antônio Zóio, além dos vereadores Airton Savello, do ex-secretário de Saúde Edson Simionatto, da secretária-geral do Sindicato dos Servidores, Marlene da Silva, do advogado Marcelo Luiz Júnior, da OAB, engenheiros e arquitetos da Secretaria de Planejamento, servidores, assessores e estagiários, entre outros.

Em seu depoimento o engenheiro Vagner Fernandes Quinquiolo foi acompanhado pela advogada Leina Glaeser, de Palotina, informando que trabalha na Prefeitura de Toledo desde 2013 e que a auditoria da obra basicamente confrontou o projeto licitado e a planilha com o executado. Confirmou ainda que foram feitos 18 aditivos, sendo o primeiro de 21 de agosto de 2012 e o 18º aditivo de 15 de junho de 2016. Ele ainda confirmou aos vereadores o termo de recebimento da obra em 21 de junho de 2016 e respondeu não saber se seria normal a empreiteira registrar um boletim de ocorrência de furto de cabos na obra 58 dias após, em 18 de agosto. Quanto à observação sobre o acabamento geral de má qualidade o engenheiro foi indagado se indicava falhas na fiscalização e respondeu “provavelmente”.

O vereador Ademar Dorfschmidt comentou sobre a reunião anterior da CPI e o incidente com o depoente, engenheiro Márcio André Wathier, também da auditoria, dizendo que a CPI deveria ler a carta de repúdio emitida por engenheiros e arquitetos contra ele, afirmando que na hora oportuna deve responder a ela. O vereador disse que pode ter se alterado, como pode vir a se alterar, mas o Hospital Regional de Toledo é um investimento de R$ 30 milhões que 500 mil pessoas estão esperando para usar e as pessoas mostram incoerência na sua atuação. O presidente Walmor Lodi solicitou que não se desvie o foco, comentando que não se deve brincar de CPI. Já a vereadora relatora, Janice Salvador, apontou que a CPI apura suposto furto de cabos de energia que impedem que o HR funcione do ponto de vista elétrico.

A CPI também ouviu o auditor Leandro Marcelo Ludvig, que analisou a parte documental da obra. Ele disse que é servidor desde 4 de junho de 2012, com graduação em Administração, como analista em administração e planejamento. Ele disse que acompanhou a parte financeira e pagamentos, não tendo ido ao canteiro de obras como os membros engenheiros, mas relatando que o procedimento era o envio de nota fiscal, o que foi feito, medido e com fotos, certidões e um diário de obra com as atividades exercidas diariamente, inclusive as condições climáticas do dia. O auditor disse que uma planilha era assinada pelo engenheiro da obra e pelo engenheiro fiscal e a nota era assinada pela responsável da pasta também. Ele também disse não ter conhecimento do furto de fios na obra do HR.

Confira a íntegra da reunião da CPI do HR de Toledo