CPI confirma em oitiva lixo sem balança por 1,5 ano; relator se licencia
CPI realizou sua sexta reunião na quarta-feira na Câmara de Toledo
A pesagem do lixo recolhido pela Transportec para pagamento pelo serviço não foi feita por cerca de um ano e meio, disse na Comissão Parlamentar de Inquérito instaurada pela Câmara de Toledo o encarregado do equipamento, Laureano Urbik, ouvido como testemunha. A CPI instalada para investigar “as falhas na prestação de serviços público na coleta de lixo” reuniu-se na quarta-feira, dia 29 de maio, quando o relator, Vagner Delabio, informou seu licenciamento para tratar problemas de saúde. A CPI é integrada pelo presidente, Marcos Zanetti, o vice-presidente Airton Savelllo; o relator Vagner Delabio e os membros Renato Reimann e Ademar Dorfschmidt e o presidente disse que deve aguardar para definir a relatoria diante da situação inédita.
O relator Vagner Delabio disse que é com muita dor que se afasta da CPI, pois vê um trabalho importante sendo feito e foi um período de grande aprendizado. O vereador entra em licença a partir de 1° de junho e deve ser convocado o primeiro suplente, Ademir Paludo, mas segundo o presidente da CPI, Marcos Zanetti, caberá à bancada que indicou Vagner Delabio indicar o substituto. O relator disse ainda que a princípio se afasta por 30 dias, mas não tem bem certeza se retorna ao final do prazo, pois isso dependerá do andamento do tratamento médico que já está realizando e vai intensificar agora.
Também acompanharam a reunião os vereadores Leoclides Bisognin, Albino Corazza e Walmor Lodi. Bisognin, que foi secretário de Meio Ambiente, comentou informalmente questões sobre a balança e Ademar Dorfschmidt informou após conversa com o ex-secretário que em seu período foi colocada balança eletrônica para pesagem do lixo. O presidente Zanetti disse que os pontos comentados pelo vereador não poderiam ser colocados na CPI por questão regimental e informou que pelo Regimento Interno cabe a ele nomear o relator da CPI para o lugar de Vagner Delabio.
Em seu depoimento Laureano Urbik disse aos vereadores que está há cerca de dez anos no serviço público e antes atuava por uma empresa terceirizada, cuidando da balança e outras coisas também no Aterro Sanitário. Segundo ele a balança permaneceu estragada por cerca de um ano e meio e neste período o motorista falava “mais ou menos” o peso do caminhão, com base em sua experiência, e “daí a gente tinha uma média”. Segundo ele um caminhão carrega 7 a 8 toneladas, ou 6 toneladas e todos os motoristas têm as bases deles para avaliar. O vereador Ademar Dorfschmidt comentou então que todo o pagamento feito por um ano pela coleta de lixo foi simplesmente “no achômetro” dentro do serviço público de Toledo.
O vereador Marcos Zanetti indagou se este foi o maior período que a balança ficou estragada e Urbik confirmou. Segundo ele, um caminhão poderia pesar até 10 toneladas, mas geralmente pesava 9, ou 9,5 toneladas e por dia são recebidos cerca de 16 caminhões, mas nos finais de ano aumenta a produção de lixo em Toledo. Laureano Urbik disse ainda que em 2018, por volta de setembro ou outubro, foi feita pesagem dos caminhões por 30 dias na Fertiflora para ver se a pesagem equivalia às estimativas feitas e “deu praticamente igual”. Sobre a balança disse que “me parece que a estrutura embaixo dela estava bem danificada”, pois era bem antiga e agora há uma nova balança sendo usada há uns 4 ou 5 meses. Na verdade seriam duas balanças instaladas, mas uma teria tido problemas e não estaria operando,segundo informado na CPI. O presidente Marcos Zanetti comentou da possibilidade da falta de balança ocasionar pagamentos indevidos, comentando que com os problemas se estendendo por um ano o valor pode ser extramente alto. A reunião da CPI não teve requerimentos de novos documentos ou depoimentos apresentados.
Confira em vídeo a íntegra da reunião da CPI sobre a coleta do lixo