Conselho Tutelar usa Tribuna Livre e pede apoio aos vereadores

por Paulo Torres publicado 17/04/2017 15h50, última modificação 18/04/2017 10h43
A presidente do Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente I, Laurentina Pavan, usou a Tribuna Livre na sessão ordinária de 17 de abril. Ela expôs dados da atuação dos conselheiros e pediu apoio dos vereadores, afirmando que os conselheiros não usam armas e não contam com mecanismos de segurança. “Não temos nem um guarda municipal para nossa defesa”, afirmou a presidente do Conselho Tutelar I, que atende a região da Grande Pioneiro, enquanto o Conselho Tutelar II responde pelo restante da cidade. Ela apontou ainda que os conselheiros de Toledo têm remuneração menor do que municípios de mesmo porte e mesmo menores.
Conselho Tutelar usa Tribuna Livre e pede apoio aos vereadores

Presidente do Conselho Tutelar I, Laurentina Pavan, usou a Tribuna Livre

 

A presidente do Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente I, Laurentina Pavan, usou a Tribuna Livre da Câmara de Toledo na sessão ordinária desta segunda-feira, dia 17 de abril. Ela expôs dados da atuação dos conselheiros e pediu apoio dos vereadores, afirmando que os conselheiros não usam armas e não contam com mecanismos de segurança. “Não temos nem um guarda municipal para nossa defesa”, afirmou a presidente do Conselho Tutelar I, que atende a região da Grande Pioneiro, enquanto o Conselho Tutelar II responde pelo restante da cidade. Ela apontou ainda que os conselheiros de Toledo têm remuneração menor do que municípios de mesmo porte, citando que em Maringá os conselheiros recebem R$ 6,2 mil, enquanto em Cascavel a remuneração é de R$ 5,14 mil e em Marechal Rondon de R$ 3,8 mil, enquanto em Toledo a remuneração vai passar para R$ 2,4 mil, conforme projeto em tramitação na Câmara Municipal.

Gostaria que se sensibilizassem com nossa situação”, afirmou na Tribuna Livre Laurentina Pavan aos vereadores. Ela destacou os casos atendidos pelos conselheiros e o fato de não haver banco de horas, o que faz com que um conselheiro que trabalhou até as 7:30h tenha que retornar às 8h para o expediente normal do dia. Além disso os casos atendidos muitas vezes são perturbadores, mas os conselheiros precisam superar e continuar. Laurentina Pavan citou um caso de violência sexual contra uma criança de colo onde o médico, ao receber a vítima, disse ao conselheiro que não sabia por onde começar. “E no dia seguinte tem que trabalhar de cabeça erguida”, afirmou a presidente do

Conselho Tutelar I.

Laurentina Pavan, presidente do Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente I, disse que os salários dos conselheiros não contam para o limite prudencial, que foi ultrapassado, motivando restrição a reajustes ou aumentos. A presidente relatou ainda que os conselhos atenderam cerca de 15 mil situações ano passado, sendo 7 mil pelo Conselho Tutelar I e o restante pelo outro órgão, além de 600 atendimentos de plantões e 400 visitas domiciliares, além de 7 ações de fiscalização, sendo 6 delas na Aifu-Ação Integrada de Fiscalização Urbana, juntamente com outros órgãos municipais e estaduais. Laurentina Pavan relatou ainda 200 encaminhamentos ao Ministério Público e Vara da Infância e Juventude e 27 acolhimentos institucionais, apontando porém que nestes casos o oficial de justiça vai junto buscar a criança, mas depois a mãe e o pai vão atrás dos conselheiros, que não têm nenhum respaldo.

Gostaria que se sensibilizassem com nossa situação”, afirmou a conselheira, destacando que nem sempre se pode contar com profissionais tão engajados como os de Toledo neste trabalho. Ela afirmou ainda que um reajuste não alteraria o limite prudencial. “O salário não entra no limite prudencial, as contas podem estar no vermelho, podem estar no azul”, disse a conselheira Laurentina Pavan, defendendo ainda a desvinculação dos conselhos tutelares da Secretaria de Assistência Social, que em sua opinião viabilizaria que os órgãos recebessem muito mais benefícios e doações.