Cidot aborda doação de órgãos em Toledo na Tribuna Livre

por Paulo Torres publicado 07/12/2017 10h55, última modificação 07/12/2017 10h55
O crescimento da doação de órgãos em Toledo foi o tema da Tribuna Livre da sessão da Câmara Municipal na segunda-feira, dia 4 de dezembro. O assunto foi abordado pelo enfermeiro Itamar Weywanko, da Cidot-Comissão Intrahospitalar de Doação de Òrgãos e Tecidos da Hoesp/Hospital Bom Jesus, que foi recentemente premiada no Paraná pelos resultados obtidos na captação em Toledo e região. A Cidot do Bom Jesus em 2015 já se destacara com 25 protocolos e uma conversão de 100% num grupo de 70 instituições e neste ano já conta com 30 protocolos de doações, segundo o enfermeiro relatou aos vereadores.
Cidot aborda doação de órgãos em Toledo na Tribuna Livre

Representante da Cidot da Hoesp/Bom Jesus falou sobre conquistas das captações de órgãos e tecidos de Toledo

 

 

O crescimento da doação de órgãos em Toledo foi o tema da Tribuna Livre da sessão da Câmara Municipal na segunda-feira, dia 4 de dezembro. O assunto foi abordado pelo enfermeiro Itamar Weywanko, da Cidot-Comissão Intrahospitalar de Doação de Òrgãos e Tecidos da Hoesp/Hospital Bom Jesus, que foi recentemente premiada no Paraná pelos resultados obtidos na captação em Toledo e região. A Cidot do Bom Jesus em 2015 já se destacara com 25 protocolos e uma conversão de 100% num grupo de 70 instituições e neste ano já conta com 30 protocolos de doações, segundo o enfermeiro relatou aos vereadores. Com este desempenho o Bom Jesus lidera as doações, à frente de instituições como o Hospital Cajuru, segundo colocado, e a Santa Casa de Maringá, terceiro colocado.

Weywanko afirmou aos vereadores que quanto à doação de órgãos existem três tipos: a doação em vida de um dos rins ou de um dos pulmões ou de parte do fígado, a doação diante de parada circulatória, feita até 6 horas após o fato em pessoas dos três aos 70 anos, e a doação a partir da morte cerebral. O coordenador da Cidot, que veio à Câmara acompanhado da superintendente da Hoesp/Bom Jesus, farmacêutica Nissandra Karsten, disse que a doação de tecidos abrange córneas e tecido ósseo e que o ato de doar em caso de morte encefálica envolve sempre uma situação delicada e difícil. Além da questão familiar, já que a família é quem autoriza no caso de a pessoa não ter autorizado em vida, 50% dos diagnósticos não são executados pela complexidade exigida no processo. Hoje a legislação obriga que a Cidot tenha uma conversa com a família do possível doador, explique como funciona a doação e faça a pergunta que muitas vezes não é bem vista pelos familiares naquele momento: se o possível doador era favorável ou contrário à doação de órgãos.

Atualmente a doação de órgãos conta com uma estrutura que no Paraná tem centrais em Cascavel, Londrina, Maringá e Curitiba e IMG_0896a.jpgcada Estado conta com uma central nacional, explicou Itamar Weywanko. Esta estrutura esteve reunida no III Congresso Paranaense de Transplantes, realizado em Foz do Iguaçu juntamente com o XV Congresso Brasileiro de Transplantes, de 18 a 21 de outubro, e que contou com palestra do juiz Sérgio Moro no Hotel Bourbon, onde falou sobre a Operação Lava Jato. O juiz coordenador da Operação Lava Jato disse que não entende nada sobre a área de transplantes, mas se tem uma coisa que funciona no Brasil hoje é o sistema montado para doação de órgãos, segundo Itamar. No evento também a coordenadora do Sistema Nacional de Transplantes, Rosana Nothen, destacou o trabalho feito em Toledo, afirmando que os toledanos têm a responsabilidade de ensinar ao Brasil como conseguiram tais resultados.