Audiência na Câmara mostra dados da saúde de Toledo

por imprensa2 — publicado 03/12/2014 09h27, última modificação 03/12/2014 09h28
Os gastos com saúde em Toledo chegaram a 18,06% das receitas no segundo trimestre do ano, segundo dados expostos na Câmara de Vereadores. Toledo destinou R$ 68,87 por habitante no primeiro trimestre, enquanto no segundo o valor chegou a R$ 74,43 para cada um dos 120.166 habitantes. Os dados também mostram que a maioria das crianças nascidas até junho são filhas de mulheres solteiras. Na mortalidade materna a taxa caiu de 62 mortes por mil nascidos vivos no ano passado para zero neste ano, enquanto a mortalidade infantil foi de 10,25 mortes por mil nascidos vivos, com nove óbitos. Entre os adultos a maior causa de mortes são as doenças circulatórias, vindo depois as respiratórias e em seguida a violência.

Os gastos com saúde em Toledo cresceram de 16,16% no período de janeiro a março para 18,06% no segundo trimestre do ano. Além do percentual maior a saúde também recebeu recursos maiores, uma vez que as receitas foram de R$ 39 milhões com R$ 6,3 milhões para o setor no primeiro trimestre enquanto no segundo elas elevaram-se a R$ R$ 73,9 milhões, com R$ R$ 13,3 milhões para o setor. Em 2010 a saúde recebeu 19,69% das receitas, o maior percentual nos últimos cinco anos. Os dados foram expostos na Câmara de Vereadores de Toledo na noite de quarta-feira, dia 27, a partir das 18:32h, quando a secretária da pasta, Denise Liel, divulgou os números do setor. A audiência foi acompanhada por assessores e servidores da Câmara, populares e o vereador João Martins e atende o que dispõe a Lei 8.689, de 1993, em seu artigo 12.

Segundo os dados da Secretaria da Saúde, Toledo destinou R$ 68,87 por habitante no primeiro trimestre, enquanto no segundo trimestre este índice chegou a R$ 74,43, totalizando R$ 143,30 destinados à saúde para cada um dos 120.166 habitantes estimados para o município pelo IBGE. Os investimentos incluem R$ 95 mil destinados à compra de 20 armários, 25 cadeiras giratórias, 10 mesas para exame ginecológico, estantes, armários, ventiladores, fogões, 15 mesas auxiliares para consultórios e outros equipamentos; além de R$ 102,8 mil para ambulância; R$ 35,9 mil para dez autoclaves e R$ 34,5 mil para equipamentos odontológicos. Também foram investidos R$ 114,3 mil na aquisição de 50 computadores; R$ 35,9 mil em mesas e armários e R$ 20,2 mil em termo aditivo na reforma da unidade de saúde do Jardim Europa, entre outras despesas relatadas na audiência na Câmara.


Nascimentos e óbitos

Os dados relatados ao Legislativo também abrangem indicadores da saúde da população. Neste aspecto as crianças nascidas em Toledo nos dois primeiros trimestres do ano são majoritariamente filhas de mulheres solteiras. Das 443 crianças nascidas em Toledo no primeiro trimestre 246 são de solteiras (55,5%), enquanto 191 (43,1%) são de casadas e as restantes de separadas e viúvas. No segundo trimestre as crianças filhas de solteiras chegaram a 251 - 57,6% do total -, enquanto as filhas de casadas atingiram 178, ou 40,8% do total, sendo as restantes filhas de separadas e viúvas, totalizando 436 nascimentos no trimestre. Os dados também mostram que no primeiro trimestre 70% das crianças nasceram com peso entre 3 a 3,9 quilos, enquanto no segundo este percentual caiu para 62,3%, elevando-se o índice de nascimentos com peso entre 2,5 a 2,9 quilos, que passou de 21,6% no primeiro trimestre para 24,8% no segundo. Já o percentual de crianças com peso entre 501 gramas a 1 quilo caiu de 0,67% (três casos) no primeiro trimestre para 0,45% no segundo, com apenas dois casos entre 436 nascidos. Na mortalidade materna os dados mostram que a taxa de 62 mortes por mil nascidos vivos no ano passado caiu para zero nos dois primeiros trimestres deste ano, enquanto a mortalidade infantil no primeiro semestre foi de 10,25 mortes por mil nascidos vivos, com nove óbitos constatados.

A mortalidade em Toledo tem como maior causa no semestre encerrado em junho as doenças do aparelho circulatório, com 27,6% dos casos (78 mortes), vindo depois as do aparelho respiratório, com 18,8% ou 53 óbitos. A violência é abrangida nas causas externas, que respondem por 17,3% das mortes no semestre e estão em queda, tendo atingido 28 mortes de janeiro a março e 21 de abril a junho. As neoplasias, ou tumores, respondem por 9,6% das mortes em Toledo, vindo depois as doenças do aparelho digestivo, com 6,3%, mesmo índice atingido pelas mortes causadas por doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas.


Internações

As doenças ligadas ao aparelho circulatório lideram as causas de internações no ano até junho, com 17,4%, vindo a seguir os casos de gravidez, parto e puerpério, com 14,8% ou 375 pacientes e em seguida as doenças ligadas ao aparelho respiratório, que respondem por 14,6% das internações em Toledo. As chamadas causas externas, que abrangem a violência, são responsáveis por 10,4% das internações em Toledo. No primeiro trimestre elas motivaram 132 internações (10,32%), enquanto de abril a junho motivaram 134 casos, totalizando 266 internamentos envolvendo causas externas. As chamadas neoplasias, ou tumores, causaram 208 internações no semestre, respondendo por 8,1% dos pacientes internados em Toledo nos dois primeiros trimestres de 2011.