Audiência mostra Toledo bancando 83,15% da Saúde e discute HR

por Paulo Torres publicado 08/10/2015 11h20, última modificação 09/10/2015 12h00
O Município de Toledo vem bancando 83,15% do gasto com saúde, ficando o Estado e a União com o restante, que está abaixo dos percentuais que deveriam investir no setor. A informação foi divulgada na audiência pública de prestação de contas da saúde no quadrimestre de maio a agosto, realizada no dia 30 de setembro, na Câmara Municipal, a partir das 18:30h, onde também foi falado do compromisso estadual de equipar o Hospital Regional. O vereador Marcos Zanetti, presidente da Comissão da Saúde e Seguridade Social comentou que “é o primo pobre pagando a conta”, com a secretária Denise Campos lembrando que a frase foi usada por Marcel Micheletto, da Associação dos Municípios do Paraná, para comentar da situação atual dos municípios em relação ao Estado e à União.
Audiência mostra Toledo bancando 83,15% da Saúde e discute HR

Audiência na Câmara expôs gastos e resultados da saúde no quadrimestre

 

O Município de Toledo vem bancando 83,15% do gasto com saúde, ficando o Estado e a União com o restante, que está abaixo dos IMG_7903a.jpgpercentuais que deveriam investir no setor. A informação foi divulgada na audiência pública de prestação de contas da saúde no quadrimestre de maio a agosto, realizada no dia 30 de setembro, na Câmara Municipal, a partir das 18:30h, onde também foi falado do compromisso estadual de equipar o Hospital Regional. O vereador Marcos Zanetti, presidente da Comissão da Saúde e Seguridade Social comentou que “é o primo pobre pagando a conta”, com a secretária Denise Campos lembrando que a frase foi usada por Marcel Micheletto, da Associação dos Municípios do Paraná, para comentar da situação atual dos municípios em relação ao Estado e à União.

A audiência reuniu os membros da Comissão da Saúde e Seguridade Social, Marcos Zanetti, Odair Maccari, Expedito Ferreira, Neudi Mosconi e Vagner Delabio, além dos vereadores Sueli Guerra, Rogério Massing e Airton Paula, contando ainda com as presenças do prefeito Beto Lunitti, do presidente da Câmara Municipal, Ademar Dofschmidt, da secretária da Saúde, Denise Campos, do presidente do Conselho Municipal da Saúde, Dorival Moreira da Silva, e do gerente do Ciscopar, Vilmar Covatti, além de gerentes e servidores da Secretaria da Saúde, conselheiros de Saúde, lideranças e populares.

A audiência apontou a quase extinção pelo governo federal do programa Farmácia Popular, que investia R$ 578 milhões e agora só vai ter recursos para diabetes e asma, acabando o restante de suas ações, que subsidiava 90% de uma lista de medicamentos, ficando 10% por conta do usuário. A secretária Denise Campos disse que isto vai sumir e não tem números do impacto que vai ter para o Município, porque era um faturamento do Ministério da Saúde. “Vamos saber na prática”, comentou ela, lembrando porém que de um total de R$ 578 milhões para o programa pode-se imaginar que o valor vai ser significativo. O vereador Neudi Mosconi disse que “se falava do risco e da possibilidade e hoje ela vem pior do que se imaginava”. Denise disse que permanecerá o atendimento pelo Farmácia Popular apenas a hipertensos, diabéticos e asma.

Quebrando o protocolo da audiência o prefeito Beto Lunitti participou e disse estar feliz de ver que

os investimentos que o Município de Toledo faz em saúde estão produzindo os resultados esperados. Ele disse que a redução da mortalidade infantil “retrata toda uma preocupação do conjunto de politicas humanas que estamos promovendo”, afirmando ser seu desejo melhorar os últimos números de especialidades, mas lembrando que há recursos que nos impõe limitadores, parabenizando a secretária Denise e toda a equipe pelo esforço. O prefeito Beto disse que a redução

de urgências e emergências e encaminhamentos hospitalares produz um sentimento muito positivo porque vê que a efetiva implantação das equipes de ESFs e atenção básica produz os efeitos esperados. O prefeito disse que seu desejo é produzir as melhores ações na saúde, trazendo resolutividade, novas ESFs e implantar novas estratégias de saúde bucal.

 

Recursos e HR

O prefeito Beto Lunitti se disse entristecido pela luta que os prefeitos do país e do Paraná têm que travar tanto com o Estado como com a Federação para suportar os investimentos na saúde que pertencem ao Estado e à Federação. “Assim que está sendo neste instante mas não podemos nos acostumar com isto”, disse o prefeito, pedindo aos vereadores que “engrossem as fileiras para que tenhamos realmente a condução dos recursos para a saúde da forma intensa desejada”. Beto disse ainda que as equipes da Saúde e Planejamento estão produzindo todo o informe necessário para a compra dos equipamentos do Hospital Regional, comentando que não sabe se teve o devido entendimento do que disse o governador Beto Richa na inauguração do Hospital Regional, mas entendeu que ele assumiu o compromisso de adquirir todos os equipamentos, então crê que os R$ 20 milhões que faltam para equipar o HR, salvo se estiver equivocado, devem vir do governo estadual.