Audiência expõe dados da saúde aos vereadores
Audiência expôs os dados da área de saúde em Toledo
A Câmara Municipal realizou audiência pública onde a Secretaria da Saúde expôs as ações e resultados números da pasta no último trimestre de 2011 e o balanço do ano. A audiência foi realizada pela Comissão da Ordem Econômica e Social-COES e contou com as presenças dos vereadores João Martins e Renato Reimann, sendo presidida por Leoclides Bisognin. A secretária da Saúde Denise Liell expôs os números e ações desenvolvidos no período de outubro a dezembro e também o balanço do ano de 2011 no fim da tarde de terça-feira, dia 31, com apoio de membros de sua equipe. Os números mostram um crescimento dos recursos destinados à saúde, que superaram o percentual mínimo de 15% previsto na Constituição Federal. Enquanto no primeiro trimestre o percentual do setor foi de 16,16%, no segundo chegou a 18,06% e no terceiro 19,47%, atingindo no quarto trimestre 20,58%. No ano a despesa em saúde teve seu maior percentual em 2011, com 20,58%, enquanto no ano anterior ficou em 19,69% e em 2009 em 19,15%. No ano de 2008 o percentual havia sido de 17,28% e em 2007 atingiu o menor percentual dos últimos anos, com 16,19%, enquanto no ano anterior, em 2006, chegara a 17,98%.
A maior despesa empenhada no quarto trimestre foi com pessoal e encargos, atingindo R$ 7,3 milhões, vindo em segundo lugar o consórcio Ciscopar, com R$ 1,03 milhão e depois construção, reforma e aquisição de imóveis, com R$ 534 mil. O item “demais despesas” atingiu R$ 525 mil, vindo depois material laboratorial, com R$ 151,4 mil e material hospitalar, com R$ 108,39 mil.
Nos serviços prestados pela rede de saúde toledana as consultas médicas em unidades atingiram 160.076 no ano passado, sendo 40.026 nos meses de outubro a dezembro. Já as consultas de urgência/emergência chegaram a 114.963 no ano passado, das quais 28.149 no último trimestre. As consultas especializadas atingiram 73.777 em 2011 em Toledo e os procedimentos de enfermagem chegaram a 830.345, dos quais 212.250 de outubro a dezembro. Já as visitas dos agentes comunitários de saúde foram de 144.474, das quais 38.835 no último trimestre do ano.
Entre os serviços das unidades de saúde despontam os exames laboratoriais, que atingiram 199.406 em 2011, sendo 45.770 de outubro a dezembro. Já o transporte teve 70.438 registros, dos quais 7.503 no último trimestre do ano. Também se destacaram nos serviços os exames de Raio-X, com 30.286 registros, ficando no entanto atrás dos exames especializados, com 31.303 registros no ano passado.
Nascimentos e óbitos
O relatório também mostrou que Toledo teve 1.693 nascimentos no ano passado, sendo 392 no último trimestre. Do total 89,20% dos bebês nasceram com 37 a 41 semanas de gestação, enquanto 9,03% nasceram com 32 a 36 semanas. Os dados apresentados à Câmara de Vereadores também mostram que 1.040 bebês nascidos em 2011 tinham entre 3 e 3,9 quilos, enquanto 401 tinham entre 2,5 a 2,9 quilos, 155 entre 1,5 a 2,4 quilos e – no outro extremo - 70 bebês tinham 4 quilos ou mais. Já a faixa etária das mães no pré-natal mostra que 782 tinham entre 25 e 34 anos, enquanto 448 tinham entre 20 e 24 anos e 257 de 15 a 19 anos, além de 190 terem mais de 35 anos. No extremo 16 grávidas de Toledo tinham 14 anos, segundo os dados da Vigilância Epidemiológica/SINASC-Sistema de Informações de Nascidos Vivos.
Nos óbitos foram registrados 687 casos no ano passado, sendo a maior causa as doenças do aparelho circulatório, que responderam por 27% das mortes. Em segundo lugar estão as doenças do aparelho respiratório, com 16,4%, seguidas de perto pelas chamadas causas externas e neoplasias, com 15,3% cada uma. As causas externas incluem a violência, com homicídios e acidentes de trânsito, além de acidentes de trabalho e outros, que causaram 105 mortes em Toledo, mesmo número de óbitos causados pelos tumores. Já os óbitos de recém-nascidos atingiram 24 casos, representando um índice de 14,17 mortes por mil crianças nascidas vivas.